segunda-feira, 15 de junho de 2015

Como é bom ver gente feliz!

Sim. É muito bom! E nem precisamos de eventos extraordinários para que isso aconteça. O cotidiano, quase sempre, nos presenteia com momentos de imensa felicidade que são bons quando nós os vivenciamos e quando vemos acontecendo com os outros: brincar na chuva, pulando em poças de lama; viver o primeiro amor – e o segundo, o terceiro... todos os amores; sentir o sorvete no sabor preferido derretendo na boca num dia quente de verão... A lista seria infinita.
E é ainda melhor quando quem vê gente feliz também está feliz.  
No sábado passado foi assim.
Fomos ao Grego’s Original Pub assistir às apresentações das bandas Sexy Tape, Par de Sais – com meu sobrinho Rafael Izidoro mandando super bem na guitarra – e Versalle.
Jovens felizes, vibrando com a casa cheia. Já tocaram lá mesmo para trinta pessoas, disseram. Nos seus discursos, entre uma música e outra, o pedido para que a plateia busque conhecer e curtir a música – especialmente o rock – que está sendo produzida na região, a sua e a das demais bandas (e citaram nomes de várias); que as divulgue e as siga nas redes sociais, enfim, que as prestigie. Em resumo, a defesa de que há muita música boa sendo feita aqui. Na linguagem deles: Esse é o rock de Porto Velho! Tem muita música foda!
É verdade que muitas dessas produções não são acessadas. Eu mesma nunca tinha entrado naquela casa. Acho que, pelo menos as pessoas da minha geração, não conhecem o rock de Porto Velho.   
Quando a banda Versalle subiu no palco, tão aplaudida quanto, é que aconteceu, numa noite feliz, a cena mais feliz. Num dado momento, o vocalista Criston Lucas calou a voz e, apenas com o gestual, pediu que a plateia continuasse a cantar. E ela, em coro, o atendeu:
“E ela me diz que o amor vencerá as águas do mar que teimam em bater em mim....”
Foi aí, então, que ele recuou, rindo, como se se desse conta da situação, e virou o rosto para um lado, olhos nos olhos do parceiro Rômulo, e de novo para o outro lado, olhos nos olhos do parceiro Miguel, e os olhos dos três se conversaram, cúmplices, como se confirmassem o que já previam. E como se dissessem uns aos outros: Está acontecendo! Viu, cara!? É isso!!
Em situações felizes, eu costumo pedir: Me belisca!
Lindo de ver. Gente muito feliz! Crianças lambuzadas com seu sorvete predileto! Felicidade em estado bruto, sem aditivos. Plena, pura, perfeita!
 Eu, entre as pessoas mais velhas do recinto, vi a cena, encantada, e, com um sentimento maternal, me permiti uma oração silenciosa, de bênçãos a todos aqueles meninos.
Que eles não se percam de si. Que façam valer, nas suas vidas, o que está posto nas letras das suas canções.
Todos sabemos o quanto o sucesso pode ser bom. Mas sabemos também que o sucesso, na sua face mais cruel, pode triturar pessoas vivas.
Então, desejei naquele momento – e continuo desejando – que seus caminhos sejam verdes...
Que os caminhos de todos eles sejam ... de uma “verde mansidão”.
E continuo desejando que mais pessoas sejam felizes.
Ver gente feliz faz bem para a pele, alegra a vida, aquieta o coração e deixa a alma leve.

Ver gente feliz deixa a gente mais feliz!

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