Eu ouvi essa história por esses dias. Não me lembro quem me contou, se foi da televisão. Ah, a memória!
Contam que São Francisco de Assis, quando já estava envelhecido e adoentado, recebeu um dos seus auxiliares, com um pedido de ajuda, que lhe disse:
__ Pai - dizem que é assim que eles chamavam São Francisco de Assis- eu estou com um problema. Um amigo meu tem uma mulinha e ele judia da mulinha, pai. Faz ela trabalhar com fome, com sede...
São Francisco de Assis foi ficando assustado.
Perguntou:
__ Meu Deus! Ele põe peso sobre a mulinha, meu filho?
__ Sim, pai. Ele sobe na mulinha!
__ Isso não pode acontecer, meu filho. Nós temos que ir lá agora. Judiar de animais é pecado!
Então, o assistente disse:
__ Pai, a questão é a seguinte: É que esse meu amigo é o senhor. E a mulinha é o seu corpo...
Neste início de ano, período em que estamos, todos, traçando novas estratégias, avaliando percursos, definindo novos projetos, essa história vem a calhar.
Há uma fase da vida, principalmente para pais e mães, em que nós somos um pouco mulinhas.
Deixamos de comer para alimentar nossos filhos; esquecemos nossa medicação para lhes dar o remédio certo na hora certa; deixamos de dormir para atender as suas demandas...
Mas, depois, na medida em que eles crescem, vai sobrando mais tempo, tudo se aquieta e é possível voltar a cuidar melhor do nosso corpo.
Dentre os vários projetos para o futuro, mesmo sabendo que alguns não se concretizam, vou investir neste: cuidar mais da minha mulinha.
Cuidemos todos das nossas mulinhas.
O corpo é a morada da alma.
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