O que fazer com o medo? Pergunta a telespectadora.
E o filósofo responde: Aceitá-lo, reconhecê-lo como constitutivo da pessoa que você é e das circunstâncias em que você vive.E continua: Mas não paralisar, fazer o melhor dentro das suas condições. Ajudar alguém ou algum grupo, ler um bom livro, assistir um bom programa de televisão. Cuidar de si e dos próximos.
A resposta aquieta o coração. Apazigua a alma. Por alguns instantes.
O meu medo, gigante, que me habita e que, há noites, não me deixa dormir um sono tranquilo, me diz que, no meu caso, nada disso é suficiente.
Acho que sei o porquê. O filósofo não sabe.
Meu medo é medo de mãe! De mãe que tem filho no mundo, vivendo, trabalhando, em contato com outros. Meu medo é monstro de filme de terror. Dos piores. É horrível. Me assola, me toma, me entorpecente. Meu Deus! Que medo!
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