Sou tão grata por viver nesta época. Pelo conforto de ter filhos à distância e de poder contactá-los instantaneamente. Que dó eu tenho das mães do passado, que aguardavam uma carta durante meses. Como é bom chamar um filho pelo Whatsapp e ter sua resposta imediata. Aquieta a alma, responde dúvidas, esclarece, informa, garante uma noite de sono mais tranquila ...
Minha filha está longe já há seis longos anos. Eu a sigo, claro, nas redes sociais. Vejo os stories no Instagram, um comentário no Twitter, uma postagem no Facebook e sei por onde anda, quem encontrou. E esse saber é bálsamo. Quem é mãe sabe do que estou falando.Há efeitos colaterais nem sempre desejáveis. Costumo prestar mais atenção ao noticiário sobre a cidade de SP. E, às vezes, vejo que a linha vermelha está com velocidade reduzida, que há uma manifestação na avenida Paulista, que houve um assalto na rua Celso Garcia ou que uma determinada região tem alagamentos, por exemplo.
Entro em contato e pergunto:
__ Filha, tudo bem? Onde você está?
E ela, sabendo a mãe que tem, responde:
__ O que é que houve, dona Neusa? Está acontecendo o quê aqui em SP?
E aí eu conto, né!
Já a ouvi várias vezes dizer:
__ Eu sou uma jornalista, trabalho com os sites de notícia abertos o dia inteiro, mas a pessoa que mais me dá notícias de SP é você, mãe!
Pois é.
Salve as redes sociais, salve o Whatsapp. O que seria de nós, mães desesperadas, sem essas ferramentas!?
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